Arquivo mensal setembro 2018

O Museu do Rio de Janeiro

Por Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista

Todos nós, brasileiros, lamentamos profundamente o esperado incêndio do museu histórico do Rio de Janeiro, responsável por 200 anos de brasilidade, sob vários aspectos.

Narra a imprensa que a questão de segurança vinha sendo debatida desde há muito, sem que as necessárias providências fossem tomadas com seriedade, o que facultou a terrível catástrofe.

Enquanto as labaredas consumiam parte da nossa história, não nos foi possível ficar indiferentes àquela consumpção decorrente da irresponsabilidade humana. Recordo-me de quando Hitler em 1933 celebrou com os seus asseclas a queima dos livros escritos por judeus, iniciava, dessa forma, a futura cremação de seres humanos nos seus campos de trabalhos forçados e câmaras de gás…

Visitando Dachau, lembro-me de uma frase de grande poeta ali exposta: “Quando se queimam livros, mais tarde se queimarão seres humanos”. Era uma profecia macabra que se fez real e chocou a humanidade.

A história de uma nação é a sua alma, são os seus feitos, suas glórias e quedas, suas experiências vitoriosas ou infelizes, páginas vivas que contribuirão em favor do seu e do futuro do povo.

Milhões de documentos valiosos transformaram-se em cinza, e hoje permanece o esqueleto carbonizado do edifício grandioso, que um dia foi residência da família real que governou o País.

Nunca mais será possível recuperar-se qualquer peça, porque nenhuma providência foi tomada, mesmo durante o incêndio, para ser salva.

Os que viram o fogaréu ficaram imobilizados…

Tive ocasião de visitar Oradour, cidade francesa que os nazistas destruíram durante a Segunda Guerra Mundial, por falso motivo de receber e esconder partisans (guerrilheiros patriotas), não deixando vivas sequer as plantas. A cidade fora cercada e aniquilada com todos os seus habitantes e animais. Posteriormente, o general Charles de Gaulle, ao tornar-se presidente da França, tornou-a patrimônio da humanidade através da Unesco, como lição viva da barbárie humana.

Quantos extraordinários documentos desapareceram para sempre, fotografias, pinturas, trabalhos científicos e peças de arte foram consumidos, deixando-nos ignorantes da própria história.

As futuras gerações estarão órfãs desde agora de poderosas e legítimas fontes de informações a respeito do belo país em que renasceram.

O Brasil, dizem muitos notáveis periodistas, é “um país sem história”, o que se torna lamentável, considerando-se a sua grandeza e o seu destino espiritual e cultural.

Que a infeliz ocorrência pelo menos sirva de advertência às autoridades responsáveis por outros patrimônios vivos desta grandiosa pátria do Cruzeiro do Sul, fadada à construção de uma sociedade justa e plenamente feliz.

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 06-09-2018.

Como salvar a livraria fundada por Kardec em Paris

O recente vídeo publicado no YouTube – Como salvar a livraria fundada por Kardec em Paris – de autoria do blog Mari@tips.paris, tem suscitado muitos comentários nas redes sociais da Internet, nem sempre abalizados, ocasionando, de igual modo, inúmeras consultas à Federação Espírita Brasileira.

A título de esclarecimento e resposta às questões formuladas, apresentamos alguns dados históricos sobre o tema, coligidos pelos colaboradores da FEB José Jorge Leite de Brito e Samuel Nunes Magalhães, bem como fazemos saber quais medidas vimos adotando na sua condução.

Livraria Espírita/Livraria Leymarie

A livraria idealizada por Allan Kardec, e consolidada por Amélie Boudet – Livraria Espírita – tinha sede à Rua de Lille, nº 7, Paris, França. Criada por uma sociedade de espíritas, existia, exclusivamente, para atender os interesses do Espiritismo. Administrada por um gerente não remunerado, i.e., simples mandatário, os lucros advindos de suas atividades eram todos destinados à Caixa Geral do Espiritismo.
Além do seu endereço inicial à Rua de Lille, nº 7, a Livraria Espírita estabeleceu-se à Rua Neuve-des-Petits-Champs, nº 5, em agosto de 1878; à Rua Chabanais, nº 1, em setembro de 1888; e à Rua du Sommerard, nº 12, a partir de 1895. Vinculada à Sociedade Anônima sem fins lucrativos e de capital variável da Caixa Geral e Central do Espiritismo, teve como administradores o Sr. Armand Théodore Desliens, de abril de 1869 a agosto de 1871, e o Sr. Pierre-Gaetan Leymarie, de setembro de 1871 a 10 de janeiro de 1895.

Até 10 de janeiro de 1895, data de abertura do seu processo de falência, a Livraria Espírita teve seu nome alterado uma única vez: Livraria de Ciências Psicológicas e Espíritas, a partir de 1878; e a Sociedade Anônima sem fins lucrativos e de capital variável da Caixa Geral e Central do Espiritismo, em mais de uma ocasião: Sociedade para a continuação das obras espíritas de Allan Kardec, em 18 de outubro de 1873; Sociedade Científica do Espiritismo, em 1 de agosto de 1883; Sociedade de Livraria espírita fundada por Allan Kardec, em 30 de setembro de 1888.

A Livraria Leymarie ou Edições Leymarie, fundada por Pierre-Gaetan Leymarie, surgiu em outubro de 1895, com endereço à Rua des Petits-Champs, nº 24; e, em outubro de 1896, mudou-se para a Rua Saint-Jaques, nº 42 – seu atual endereço –, onde antes funcionara a Livraria de Ciências Psíquicas, também instituída por P.-G. Leymarie.

Do exposto, concluímos que a Livraria Espírita e a Livraria Leymarie são entes distintos, separados em sua fundação por quase três décadas, lembrando que a livraria fundada por Allan Kardec, em 1869, há muito encerrou as suas atividades, devido ao processo de falência instaurado em 10 de janeiro de 1895.

Acervo de Allan Kardec

Quanto aos materiais apontados como do acervo particular de Allan Kardec – correspondências, livros, quadros, fotografias et cetera – se autênticos, devemos considerar que são oriundos do Espólio da Sra. Amélie Boudet, transferidos à Sociedade para a continuação das obras espíritas de Allan Kardec, em fevereiro de 1883, e depois, com a falência da Sociedade, à família Leymarie, de quem descende Philippe Leymarie, atual proprietário da Livraria Leymarie.

Com o objetivo de avaliação preliminar do seu real valor histórico, estaremos realizando visita in loco, para, então, definirmos as ações passíveis de serem implementadas pela Federação Espírita Brasileira, de preferência, em consórcio com o Movimento Espírita Brasileiro e Movimento Espírita Internacional.

Conselho Diretor da FEB
Brasília, 18 de setembro de 2018.

Imagem: Aventuras na História

MEAG promove 10ª Tarde do Cachorro Quente em outubro

Com a finalidade de arrecadar fundos para o custeio das atividades de seus membros dentro e fora da instituição, a Mocidade Espírita Anjo Gabriel, MEAG, realizará no próximo dia 7 de outubro, sua 10ª. Tarde do Cachorro Quente, evento aberto a todos interessados.

Os convites custam R$ 15,00 e dão direito a um cachorro quente e dois copos de 250ml de refrigerante. O evento será desenvolvido no salão de palestra e estudo da Associação Espírita Anjo Gabriel, à Rua José de Alencar, 9, na Vila Belmiro, das 15h30 às 18 horas.

Além de cachorros quentes, serão vendidos doces e salgados e sorteados brindes.

Os convites podem ser adquiridos junto aos membros da MEAG.

Mocidade Espírita Anjo Gabriel tem presença confirmada no EMEBS

O Departamento de Mocidade da USE Baixada Santista e vale do Ribeira realiza no dia 23 de setembro, o 16º

Encontro de Mocidades da Baixada Santista e Vale do Ribeira, das 8 às 18 horas.

O evento acontece na cidade de Itanhaém, na Escola Municipal Noêmia Salles Padovan, à Rua Dorival M. Silva, 124, no Conjunto Habitacional Guarapiranga. A Mocidade Espírita Anjo Gabriel, MEAG, tem presença confirmada.

O EMEBS também terá a participação especial da banda espírita Cartas de Bordeaux.

A organização do EMEBS solicita àqueles que puderem a doação de 1kg de alimento não perecível, que será doada para uma instituição escolhida após o evento.

O que é o EMEBS?

EMEBS é o Encontro de Mocidades Espíritas da Baixada Santista. É um evento elaborado com base na Doutrina Espírita, onde será estudado o tema GENTILEZA gera GENTILEZA, de forma bem divertida através de integrações, dinâmicas e apresentações, durante um dia inteiro. O evento disponibiliza aos jovens café da manhã, almoço e café da tarde.

Como chegar ao EMEBS Itanhaém?

Um ou mais ônibus serão fretados para locomoção dos jovens até o local do evento. No mês de Setembro a organização entrará em contato com o dirigente das mocidades para informar todos os detalhes. Não deixe de fazer sua inscrição e responder a última pergunta sobre o meio de transporte.

Setembro amarelo: O martírio dos suicidas é lançado pela FEB Editora

“Os motivos de suicídio são de ordem passageira e humana; as razões de viver são de ordem eterna e sobre‐humana.”
(DENIS, Léon. O problema do ser, do destino e da dor. Brasília: FEB, 2016, cap. 10.)

 

 

 

 

Especialmente para o setembro amarelo, mês em que várias instituições aderem uma campanha pela prevenção do suicídio e pela valorização da vida, a FEB Editora lança o livro O martírio dos suicidas em formato digital.

A obra escrita por Almerindo Martins de Castro tem o objetivo de esclarecer e ser uma fonte de consulta para todos os que estão passando por algum momento de aflição e desespero. Também é destinada a auxiliar e inventiva as pessoas a prestarem o devido socorro.

O martírio dos suicidas contém a visão da Doutrina Espírita sobre o suicídio e apresenta comunicações de espíritos que detalham as circunstâncias e sentimentos que os levaram a este ato extremo, com informações necessárias para encerrar a ilusão de que a vida finda com a morte do corpo físico.

Sobre o autor:

Almerindo Martins de Castro nasceu na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, no dia 8 de setembro de 1883. Aos 44 anos de idade ingressou no Espiritismo e apesar da pouca escolaridade, por amor e forte determinação adquiriu cultura e erudição. Quando mudou para o Rio de Janeiro, trabalhou pela divulgação da Doutrina Espírita por meio de conferências e artigos publicados na revista Reformador. É autor de livros de destaque, como: Antônio de Pádua e O martírio dos suicidas. Colaborou também na elaboração das obras mediúnicas Eça de Queiroz póstumo e Os funerais de Santa Fé, editadas pela FEB Editora. Traduziu as obras StellaNarrações do infinito e Urânia, de Camille Flammarion; Romance de uma rainha e A vingança do judeu, de J.W. Rochester; Hipnotismo e espiritismo, do Dr. José Lapponi e Hipnotismo e mediunidade, de César Lombroso, todas pertencentes ao acervo editorial da Federação Espírita Brasileira. Desencarnou em 17 de maio de 1987.

O Martírio dos suicidas pode ser adquirido nas seguintes lojas: AmazoniBookstore e Google Play.

FONTE: Federação Espírita Brasileira (FEB)